O que é a Disfunção Oculomotora?

Os problemas de mobilidade ocular ou Disfunção Oculomotora existem quando um ou ambos os olhos não se movem suavemente, com precisão. Nestes casos a pessoa tem dificuldade em seguir objetos em movimento, em mudar a fixação de um objeto para outro de forma eficiente ou fixar os olhos num alvo estático (como uma palavra numa página impressa).

Quais os sintomas da Disfunção Oculomotora?

A capacidade de controlar de forma precisa os movimentos oculares é especialmente importante na leitura

• Effect of oculomotor and other visual skills on reading performance: a literature review.

. As crianças com Disfunção Oculomotora muitas vezes perdem-se a ler, saltam ou transpõem palavras e têm dificuldade em compreender, devido a esta dificuldade em mover os olhos com precisão. Muitas pessoas são obrigadas a usar os seus dedos para acompanhar uma linha de leitura, porque os seus olhos não o conseguem fazer.

Qual o tratamento da Disfunção Oculomotora?

Existe ampla evidência

• Verbal and visual problems in reading disability.
• The effect of oculomotor training on reading efficiency.
• Role of visual attention in cognitive control of oculomotor readiness in students with reading disabilities.
• An investigation in use of videocassette techniques for enhancement of saccadic eye movements.
• Relationship between reinforcement and eye movements during vision therapy with dyslexic children.
• Behavior modification in vision training: facilitating prerequisite behaviors and visual skills.
• Oculomotor rehabilitation for reading in acquired brain injury.

científica que a Terapia Visual pode ajudar a melhorar o controlo dos movimentos oculares.

De um modo geral, a Terapia Visual é utilizada para ajudar a treinar os olhos a viajarem de alvo em alvo, corretamente. Isto envolve uma série de sessões de tratamento para ajudar a desenvolver as capacidades básicas, necessárias para se conseguir rastrear palavras e objetos com precisão. As sessões de tratamento são estruturadas de forma a construir resistência ao esforço e minimizar a fadiga visual, já que os indivíduos tendem a evitar tarefas que levam ao desconforto. À medida que as capacidades visuais e os movimentos oculares melhoram, o programa de tratamento evolui suavemente para tarefas mais exigentes. É importante que o paciente progrida a um ritmo que seja produtivo, mas ainda assim, dentro de seu próprio nível de conforto.

Na leitura, os olhos não se movem de forma contínua ao longo da linha. Em vez disso, fazem uma série de saltos e pausas. Os pequenos saltos, entre palavras ou grupos de palavras, são chamados sacádicos. As breves pausas feitas entre os saltos são chamadas fixações.

Esta coordenação muito precisa entre os saltos e as pausas é controlada pelo sistema visual central e periférico. A visão central processa o que é visto em detalhe e define o “Quê” – o que é que estamos a olhar. A visão periférica localiza simultaneamente os objetos circundantes e define para “Onde” olhar. Na leitura, a visão central processa e descodifica a palavra e, ao mesmo tempo, a visão periférica já está a definir o próximo ponto para onde os olhos devem apontar. É a perfeita integração destes 2 sistemas que permite aos olhos se moverem com precisão ao longo da linha de leitura. Se não existir uma coordenação contínua, fluída e simultânea entre a visão periférica e a central, a leitura vai ser errática, a perda de lugar vai ser comum, assim como a compreensão sairá mais pobre.

Com o ReadAlyzer é possível, em poucos minutos, fazer a medição objetiva dos movimentos oculares durante a leitura.

A análise fornece os seguintes valores:

• Fixações;
• Regressões (número de movimentos para trás, durante a leitura);
• A duração das fixações (média, desvio padrão e como histograma);
• A velocidade da leitura em palavras por minuto;
• A relação entre regressões e fixações;
• A reprodução dos movimentos oculares registados em cima do texto lido.